quinta-feira, 25 de junho de 2009

DIFERENÇA ENTRE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

Sabemos que a prática de esporte é um instrumento educacional que propicia o desenvolvimento tanto individual quanto social da criança. O esporte, infelizmente, não é utilizado pelas instituições educacionais na proporção que deveria. Através da prática esportiva promovemos a socialização, a rotina, o cumprimento de regras, o respeito, a persistência, o saber competir, o aguardar a sua vez, o romper limites, o saber ganhar, o saber perder e muitos outros quesitos. É uma fonte inesgotável de conceitos éticos e morais tão importantes para a formação do indivíduo.
Quando falo em esporte não estou me referindo à Educação Física e sim a uma opção esportiva. O esporte é uma ramificação da Educação Física, porém deve existir independente dela. O professor de Educação Física deve sim proporcionar o conhecimento de cada esporte para que o indivíduo possa optar, com competência, qual esporte gostaria de praticar. A Educação Física faz parte do currículo escolar e é aplicada no período em que o indivíduo freqüenta as aulas. O esporte deve ser proporcionado em horário oposto às aulas para que o indivíduo possa freqüentar e se dedicar.
O esporte tem a magia de integrar o indivíduo independente da classe social, raça ou religião. Desenvolve no indivíduo a capacidade de trabalhar em grupo, de cumprir horário, de saber ouvir, de conhecer o próprio limite, conhecer o próprio corpo, de admitir que precisa melhorar, respeitar as diferenças e tantos outros aspectos tão difíceis de serem conscientizados, além de evitar o sedentarismo tão comum nos dias de hoje onde o indivíduo passa horas sentado em frente a um computador ou a uma televisão seja assistindo ou jogando videogame. O esporte deve ser o maior aliado da educação. Juntos promovem o desenvolvimento integral do indivíduo de forma harmoniosa e sadia despertando para a cidadania e assim formando pessoas de bem.
Presenciamos no Pan-americano 2007 que nossos atletas embora estejam nos proporcionando tanta alegria pelo desempenho que estão tendo, não tiveram o mínimo de incentivo nem das escolas, nem do governo. Em cada entrevista com nossos atletas vencedores ficamos sabendo que o esforço foi próprio e de algum “anjo bom” que o auxiliou e o incentivou muitas vezes até comprando um par de tênis para que ele parasse de treinar descalço. É realidade que os patrocinadores investem em times que estão ganhando. O atleta que tem potencial e quer treinar, porém ainda não se destacou ninguém o enxerga. Somente após uma medalha conseguida é que ele passa a ser conhecido e então patrocinado. Ocorre que para chegar neste estágio ele teve que se dedicar muito e só conseguiu com o apoio da família e com a própria força de vontade. Escola e esporte é a combinação perfeita para uma sociedade mais justa.
O próprio presidente Lula afirmou que fica muito mais barato para o governo investir em programas de incentivo ao esporte do que na manutenção desse mesmo indivíduo em presídios por ter cometido delitos. Já que se tem esta consciência, vamos colocá-la em prática.

terça-feira, 16 de junho de 2009

INFORMATIVO

JOGOS COMPETITIVOS
Visão de que “só tem para uns”;
Objetivos exclusivos;
Ganhar DO outro;
Jogar CONTRA;
Tensão;
A vitória é somente para alguns.

JOGOS COOPERATIVOS
Visão de que “tem para todos”;
Objetivos comuns;
Ganhar COM o outro;
Jogar COM;
Descontração;
A vitória é compartilhada.

SUGESTÃO DE ATIVIDADES

01-GATO DOENTE
Material: nenhumFormação inicial: alunos espalhados pela quadra em espaço delimitado pelo professor.
Fazendo a atividade: Será escolhido um aluno que será o pegador, sendo que este perseguirá os demais alunos e quando este for pego, deverá colocar a mão no local onde foi pego. ex: se o aluno for tocado na cabeça, este deve colocar uma mão na cabeça e com a outra mão deverá tocar outro aluno ajudando o primeiro pegador na perseguição aos demais, e desta forma tentar pegar outros alunos. Termina a atividade quando todos os alunos se tornarem gatos doentes.Reflexão: foram trabalhadas várias partes do corpo? Quais?Qual a importância da ajuda dos outros alunos para a realização da atividade?A cooperação é importante?Registro do aluno: divididos em grupos, fazer cartazes com todas as partes do corpo que foram tocadas durante a atividade.
02-TROMBA DE ELEFANTE
Material: nenhumFormação inicial: alunos espalhados em um determinado local da quadra, sendo que será escolhido um aluno que será o pegador. Este aluno escolhido deve colocar uma das mãos no nariz, e passar a outra mão esticada por entre o braço que esta segurando o nariz, formando assim uma tromba de elefante.
Fazendo a atividade: após o sinal do professor, o aluno sai em perseguição aos demais sem desfazer da tromba de elefante. Quando conseguir pegar alguém, este aluno deve formar uma tromba de elefante e ajudar o primeiro aluno a perseguir os demais. Termina a atividade, quando todos os alunos se tornarem elefantes.
03-EXPULSAR DO BAMBOLÊ
Material: Bambolê ou gizFormação Inicial: alunos divididos em duplas, separados por sexo e tamanho, sendo que cada dupla deve ficar com um bambolê ou na falta do bambolê deve-se fazer um círculo no chão com giz.
Fazendo a Atividade: O professor explica a atividade, dizendo que é uma atividade de força e equilíbrio. Logo após pede para que cada aluno se posicione em pé dentro do bambolê ou circulo de giz, de forma que o aluno ‘A’, fique com a parte interna do pé direito encostado na parte interna do pé esquerdo do aluno ‘B’. A mão esquerda de cada um deve ficar para trás e a mão direita do aluno ‘A’ deve estar segurando a mão direita do aluno ‘B’.O aluno ‘A’ e ‘B’ tentam colocar para fora do circulo o colega, usando somente a força, o equilíbrio e a mão direita. Essa atividade pode ser feita por tempo ou por pontos.Reflexão: qual a importância da agilidade e da força para execução da atividade e como nós usamos a força e o equilíbrio no nosso dia a dia.
04-COELHINHO SAI DA TOCA
Material: NenhumFormação inicial: alunos espalhados em um determinado local da quadra em grupos de três alunos, sendo que dois alunos ficam um de frente para o outro e de mãos dadas e erguidas formando uma toca, e o outro aluno fica no meio, sendo considerado o coelhinho. Um ou dois alunos ficam de fora, e são considerados os coelhinhos sem toca.
Fazendo a atividade: Toda vez que o professor disser ‘COELHINHO SAI DA TOCA’, todos os coelhinhos, inclusive os sem tocas deverão sair e entrar em outra toca. Depois de 10 repetições, o professor troca uma das tocas pelo coelho e assim sucessivamente até que todos tenham sido coelhinhos.Variação: No lugar de tocas feitas pelos alunos, o professor pode colocar bambolês como tocas, ou círculos feitos com giz.
05- PONTINHOS
Material: Giz colorido e LousaFormação Inicial: dentro da sala de aula, alunos divididos em equipes ou colunas, sendo que cada coluna será uma letra.
Fazendo a atividade: o professor coloca vários pontinhos na lousa, e explica aos alunos a atividade, que consiste que cada coluna, sendo um aluno de cada vez e intercalando as colunas, preencha o maior número de quadrados possíveis e dentro deste quadrado coloque a letra correspondente a sua coluna.Refletir sobre a atividade: raciocínio, atenção, concentração, memorização...Pontinho – ideal para dias de chuva.
06-PASSAR A BOLA E SENTAR
Material: 2 cadeiras e duas bolasFormação inicial: alunos divididos em duas equipes, ‘A’ e’B’.
Fazendo a atividade: duas equipes divididas numa das extremidades da quadra, sendo o primeiro aluno de cada fileira com uma bola na mão. A uns 20 metros, bem à frente de cada equipe é colocada uma cadeira e nesta cadeira fica sentado um aluno de suas respectivas equipes. Desenvolvimento: Ao sinal do professor, o aluno nº 01 de cada equipe, corre com a bola na mão, dá a volta na cadeira e entrega a bola para o aluno que está sentado, ficando sentado no seu lugar enquanto o aluno que estava sentado, corre com a bola em direção a sua fileira entregando a bola para o próximo aluno da fila. Termina a atividade quando todos participarem da atividade.
07-PULA-PULA CANGURU
Material: 2 cones e duas bolasFormação inicial: alunos divididos em dois grupos, ‘A’ e ‘B’ em uma das extremidades da quadra, ficando na frente de cada equipe, a uns 10 metros de distância um cone. O primeiro aluno da fileira fica com uma bola.
Fazendo a atividade: Ao sinal do professor, o primeiro aluno de cada fileira, prende a bola entre os joelhos e sem usar as mãos para segurar a bola, sai pulando, dando a volta no cone e retornando até sua equipe passando a bola para o segundo da fileira, e assim sucessivamente até que todos façam o percurso. Caso a bola escape dos joelhos do aluno, este deve voltar no lugar onde a bola caiu e dar continuidade na atividade.
08-JUDÔ ADAPTADO
Material: 1colchão ou tatameFormação inicial: duas equipes feminina e duas masculina em formação de duplas de acordo com o tamanho. A dupla deve ficar na posição ajoelhados e uma de frente para outra e de mãos dadas no centro do colchão ou tatame.
Fazendo a atividade: o professor explica as regras do judô original e explica que se trata de um judô adaptado. Após a explicação do professor. É dado o sinal para o início da disputa, sendo que o objetivo dos alunos é fazer com que o outro tire os joelhos do chão, coloque as mãos no chão ou encoste o corpo no colchão. Se isso ocorrer termina a atividade. Após o final da disputa, os alunos devem se cumprimentar da mesma forma que os judocas se cumprimentam.
09-SÉRIO, RISO E CHORO
Material: nenhumFormação inicial: alunos sentados na frente do professor.
Fazendo a atividade: o professor explica a atividade, dizendo que quando o professor colocar as mãos na cabeça, todos os alunos deverão dar ‘RISADAS’, quando colocar as mãos na cintura, todos deverão ‘CHORAR’ e quando colocar as mãos no ombro, todos deverão ficar ‘SÉRIOS’. O professor deve alternar a voz de comando de sério, riso e choro para testar os reflexos dos alunos.atividade adequada para volta a calma.

10-PEGA-PEGA AMERICANO
UNIDADE TEMÁTICA: Conhecendo o movimento
CONCEITO: Velocidade
ENFOQUE DO CONCEITO: A velocidade é a capacidade física que nos permite a execução rápida de movimentos.
PROBLEMATIZAÇÃO: Alguém sabe me dizer o que é velocidade?
MATERIAL NECESSÁRIO: Nenhum
FORMAÇÃO INICIAL: Alunos espalhados pela quadra e um pegador.
DESENVOLVIMENTO: Os alunos espalhados pela quadra, um aluno é escolhido para ser o pegador. Quando esse aluno pegar outro ele deve ficar parado de pernas abertas e será salvo quando outro aluno passar por baixo de sua perna. Assim que este aluno for pego pela 3ª vez, ele tem que ajudar o pegador inicial e também passará ser pegador. A atividade continua até sobrar um aluno.
REFLEXÃO:Quais foram os movimentos utilizados nessa atividade?Qual à parte do nosso corpo que utilizamos para nos locomover.O que foi preciso para você conseguir pegar o seu colega?DESTAQUES:É preciso estar atento, ser rápido e fugir do seu pegador.Adquirir habilidades motoras para que possam locomover de um lado para o outro.Conscientizar o aluno a capacidade de mover o corpo ou parte dele com rapidez.
REGISTROS:DO ALUNO: Formar uma frase que envolva velocidade. Recortes de revistas, figuras que simbolizem velocidade.
DO PROFESSOR: Observar se houve aproximação da atividade com enfoque do conceito.
11 - ALVO HUMANO
Material: Bambolês.
Formação inicial: Dividir os alunos em 4 grupos. Cada grupo formará uma coluna, que terá um aluno destacado (o alvo) de frente a aproximadamente 2 metros de distância da sua respectiva coluna. O primeiro aluno de cada coluna terá um bambolê em mãos.
Desenvolvimento: Ao sinal, os primeiros alunos, lançarão o bambolê em direção ao aluno “destacado”, tentando lança-lo.O aluno “destacado” poderá fazer movimentos, desde que não saia do lugar, para facilitar a laçada. Após, o aluno que lançou o bambolê irá ocupar a posição do alvo e o aluno que estava em destaque, levará o bambolê para o segundo da coluna, posicionando-se ao final dela. E assim sucessivamente.
REFLEXÃO:Que tipo de movimentos vocês realizaram na atividade do ‘Alvo Humano?’Na hora de acertar o alvo, você andou ou ficou parado? E quando você foi o alvo?De todos os movimentos, qual foi o mais fácil? E o mais difícil?No dia a dia que movimentos vocês conseguem realizar sem sair do lugar?
DESTAQUES DA REFLEXÃO:Existem alguns movimentos que conseguimos realizar mesmo estando em uma posição estacionária (sem sair do lugar).A esses movimentos damos o nome de movimentos de não locomoção.
REGISTRO:Alunos: levantar com os alunos, no coletivo, as possibilidades de movimentos que realizamos sem sairmos do lugar (posição estacionária). Relacionar na lousa, cartolina ou em papel manilha, etc.
Professor: auxiliar e orientar os alunos à utilizarem o vocabulário correto, assim com a identificação dos movimentos de não-locomoção.
12-NÃO VOLTE ANTES
Alunos divididos em 4 equipes, perfiladas no meio da quadra de frente para tabela de basquetebol, sendo que o primeiro aluno de cada coluna ficará com uma bola de basquetebol nas mãos.Ao sinal do professor, os primeiros alunos de cada fileira deverão ir quicando a bola em direção a tabela e arremessar a bola tentando fazer a cesta. Quem conseguir fazer a cesta deverá voltar quicando a bola e entregar ao próximo da fila, o aluno que não conseguir fazer a cesta, deve arremessar quantas vezes forem necessárias até conseguir o seu objetivo. Nessa atividade, os alunos ficam arremessando a bola ao mesmo tempo, isso faz com que eles tenham noção de tempo e espaço.
13 - CHAPEUZINHO VERMELHO
Formação: Crianças em duplas, sentadas uma de frente à outra com as mãos para trás e uma distância de aproximadamente 50 cm entre ambas.
Material: Um objeto entre ambas as crianças (de preferência uma bola feita com folha de jornal)Dinâmica: O professor deverá dizer às crianças que irá contar uma história qualquer e todas as vezes que no decorrer da fala o aluno ouvir a palavra vermelho este deverá tentar pegar o objeto antes que o outro o faça, ganhando a brincadeira quem conseguir pegar mais vezes.
14- PEGA-PEGA O RABINHO
MATERIAL: tira de pano ou de sacolas
FAZENDO A ATIVIDADE: cada aluno recebe uma tira de pano, jornal ou sacola e encaixa a ponta da tira na parte posterior da roupa(calça, moletom, short), formando um “rabinho”. Ao sinal do professor, inicia-se o pega-pega, cada aluno tentará proteger seu “rabinho” e ao mesmo tempo tentar pegar o “rabinho” do outro colega.Regras: o aluno sem rabinho não pode pegar o rabinho do outro colega. A atividade se reinicia quando todos os alunos estiverem sem o “rabinho”.
REFLEXÃO: qual a necessidade de uma pessoa se movimentar? Porque você não ficou parado? Há outra situação na nossa vida em que se não nos movimentarmos teremos algum prejuízo.
REGISTRO ALUNO: formar a palavra movimento com recortes de jornal.
REGISTRO PROFESSOR: auxiliar na formação da palavra “movimento”, junto às letras e mediando o processo de alfabetização.
15- PEGA-PEGA NA LINHA
MATERIAL: quadra com linhas demarcatórias das diferentes modalidades. Ou espaço físico demarcado com giz.
FAZENDO A ATIVIDADE: O professor escolhe aleatoriamente um aluno para ser o pegador.(aconselha-se que o pegador tenha uma camiseta ou colete nas mãos para diferencia-lo dos demais) Os alunos e o pegador só poderão andar sobre as linhas da quadra. Ao comando do professor inicia-se o pega-pega. Se o pegador pegar alguém, esse passa a ser o pegador.
VARIAÇÕES: posso modificar a maneira de movimentar-se na linha(correndo, pulando, andando). Ou aumentando aos poucos o número de pegadores.
Professor Nilton Zumba

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Principais eventos esportivos em 2009 - 2º semestre







Junho
*Abertura da Liga Mundial de vôlei * Copa das Confederações de futebol – África do Sul 2009 *Wimbledon 2009 * Início da Liga dos Campeões da Europa * Finais da NBA






Julho
*Início da UEFA Europa League 2009/2010 * Campeonato Brasileiro da Série D * Volta da França de ciclismo * Campeonato Mundial de Natação, em Roma, na Itália. * Vela – Campeonato Mundial da Classe Star * Início do Grand Prix de vôlei feminino





Agosto
* Campeonato Sul-Americano Masculino de Basquete * Copa Sul-Americana de Futebol * Campeonato Mundial de Atletismo, em Berlim * Campeonato Mundial de Judô, em Roterdã , na Holanda. *US Open de Tênis 2009





Setembro
* Campeonato Sul-Americano de Basquete de clubes * GP da Itália de Fórmula 1




Outubro
* Escolha da sede dos Jogos de 2016 * Campeonato Mundial de Ginástica, em Londres * Campeonato Mundial de Tae-kwon-do, na Dinamarca * GP do Brasil de Fórmula 1 * Abertura da Temporada 2009/2010 da NBA


Novembro
* Copa dos Campeões de vôlei masculino e feminino * Copa do Mundo de futebol de areia



Dezembro
* Sorteio dos grupos da Copa do Mundo da África do Sul – 2010 * Mundial de Clubes da Fifa, nos Emirados Árabes.

Harlem Globetrotters - 20 e 21 de junho - Ibirapuera



O time mais popular de basketball se apresenta em São Paulo com muito show de habilidade e bom-humor
Precursores do basquete de rua mundial, os Harlem Globetrotters têm gerações de fãs e prometem shows inesquecíveis, como em sua última vinda ao país. Eles prometem mil e uma artimanhas com a bola azul, vermelha e branca.
HistóriaApesar do “Harlem” - bairro nova-iorquino primordialmente habitado por afro-americanos - no nome, o time foi fundado em Chicago, no ano de 1927. A referência é usada porque, de fato, somente negros fazem parte da equipe. No começo, encaravam as partidas com seriedade. Com o passar dos anos, porém, o time voltou-se mais ao espetáculo proporcionado pelas habilidades de seus jogadores do que propriamente ao esporte. Nas partidas, o mais importante é divertir o público, com cestas do meio da quadra, jogadas ensaiadas e enterradas de tirar o fôlego.
AtualidadesA popularidade do time é enorme nos Estados Unidos. Os Globetrotters já tiveram sua própria série animada de TV, produzida pelos estúdios Hanna-Barbera, participaram de desenhos como Scooby-Doo e Os Simpsons, além de terem seu próprio game, criado pela Nintendo. Em suas viagens pelo mundo, já se apresentaram diante de personalidades como o Papa João Paulo II e Nelson Mandela. Grandes feras do basquete jogaram ao lado dos Globetrotters. O astro da NBA dos anos 60 e 70, Wilt Chamberlain - primeiro e único jogador a marcar 100 pontos em uma única partida profissional - é um deles. No dia 12 de janeiro de 1998, os Globetrotters ultrapassaram a marca dos 20 mil jogos, feito jamais igualado por outra equipe esportiva na história.
Harlem Globetrotters
Dias: 20 e 21/06
Abertura: Seleção da CUFA de Basquete de Rua
Local: Ginásio do Ibirapuera (Ginásio Geraldo Jose de Almeida)
Endereço: Rua Manoel da Nóbrega, 1361Telefone: 11 3887 3500
Abertura dos portões: 18h30Início do espetáculo: 20h30
Arquibancada - R$40,00
Cadeira inferior amarela - R$90,00
Cadeira inferior lilás - R$90,00
Cadeira inferior azul - R$90,00

terça-feira, 9 de junho de 2009

Educação física na alfabetização


http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 103 - Diciembre de 2006

Introdução

Nos últimos tempos percebeu-se uma evolução nos parâmetros socialmente ditados em relação a uma concepção de corpo. Este corpo estrutura-se associado à alma. A partir daí, a Educação Física acompanhando a evolução, passa a preocupar-se e reformular-se na formação do individuo global: corpo e mente. Segundo Le Boulch (1983) "a educação psicomotora contemporânea coloca o acento na importância do problema relacional e no interesse em favorecer o desenvolvimento de determinadas funções perceptivas e motoras em relação estreita com as funções mentais". (p. 16). Dada essa importância, a educação física escolar se insere nesse objetivo, estimulando seus alunos não só física como mentalmente. Porém, todo esse contexto deve ser solidificado a partir da Educação Infantil, para que seja base de uma formação do individuo completo. Temos no movimento um grande aliado no que diz respeito ao desenvolvimento tanto físico quanto intelectual das crianças.
Apresentaremos nesse estudo a contribuição que a Educação Física escolar representa para crianças de 6 anos na classe de alfabetização na concepção dos professores. Como pode esta contribuir para o desenvolvimento, não só psicomotor e sócio-afetivo, mas também cognitivo e lingüístico, sendo primordial para essa faixa etária; pois de acordo com Le Boulch (1985): "através do trabalho corporal, é possível desenvolver o sistema nervoso central que coordena o conjunto de sistemas que serve de suporte as funções mentais". (p. 23)
Encontramos nesse momento da Educação Infantil a preocupação intensa, e muitas vezes exaustiva para a criança, com a prática da leitura e da escrita. As metodologias de alfabetização têm evoluído através dos tempos, principalmente devido a novas necessidades sociais; porém, a pedagogia da alfabetização tem disponíveis até hoje caminhos que levam a criança à compreensão da existência de uma correspondência entre os signos da língua escrita e os sons da língua oral. Geralmente alfabetizar se resume a letras, fonemas, sílabas, palavras e frases, que na verdade são imprescindíveis, mas é preciso enfatizar as inter-relações, vivências sociais e vincular essa aprendizagem ao contexto histórico-cultural da criança. Para Vygotsky em Kramer & Leite (1996) "a linguagem é o comportamento mais importante do uso de signos culturais porque é responsável pelas interações sociais, é a fonte de conhecimento" (p. 64). A aproximação da escrita com todas as experiências histórico-culturais vividas pelas crianças se consolidarão na linguagem.
Hoje em dia a alfabetização tem se restringido a tecnologia do ler e escrever, já o letramento é a capacidade de não apenas decodificar letras e fonemas, mas responder as demandas sociais. Quando a criança está inserida numa ampla cultura letrada, certamente há uma influência muito positiva na evolução de seu aprendizado em séries posteriores à alfabetização. Uma base de ensinamentos solidificada por um processo de alfabetização rico em inclusões sociais e culturais, respeitando e aproveitando as vivências individuais de cada aluno, contribui para o desenvolvimento de um cidadão completo.
Percebemos que a Educação Física já é reconhecida por seu caráter socializador e como meio de desenvolvimento global a partir do psicomotor. Portanto, gostaríamos de ressaltar a amplitude dessa prática quando comprometida ao processo de ensino-aprendizagem, sabendo que este não se dá somente dentro da sala de aula.

Metodologia
Para essa pesquisa, selecionamos oito escolas de classe média do município de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro; onde entrevistamos um professor regente e um professor de educação física, de cada escola, que atuam na classe de alfabetização.

Objetivo
Com esse propósito, temos como objetivo pesquisar a contribuição da Educação Física para o processo de aprendizagem cognitiva no processo de alfabetização.
Nesse estudo, pretendemos investigar questões como:
· A educação física é realmente importante para a classe de alfabetização?
· As escolas / professores direcionam a Educação Física para o amplo trabalho de leitura e escrita na classe de alfabetização?

Educação física na alfabetização
Acreditamos que a Educação Física possa ser mais que um suporte considerável e relevante para o trabalho realizado na sala de aula, conferindo significado à leitura e à escrita, motivando a todos pela utilização da ludicidade e do movimento, tão importantes nessa faixa etária. Vemos o processo de alfabetização como uma "quebra" na maioria das vezes. As crianças se desvencilham de mesinhas juntas, cantinho de brinquedos na sala, massinha e desenhos livres para carteiras enfileiradas, lápis, borracha, quadro negro, cadernos, livros e datas de provas. É uma ruptura considerável aquele ambiente acolhedor do chamado jardim de infância para uma classe do "aprender a ler e a escrever". A criança incorpora a necessidade de êxito nesse ano. As cobranças, por mais inocentes que possam parecer para a família, são o primeiro contato da criança com esse outro universo e com a obrigação de se mostrar como o melhor ou na média da classe.
Em meio a tantas transformações, a Educação Física ganha um espaço importante na vida da criança na alfabetização. É o momento em que ela pode ser ela mesma, longe das cobranças, das cópias e das tarefas. E é exatamente nessa lacuna que acreditamos que possa haver uma outra forma de aprendizado, de alfabetização.
O corpo em contato com outro, com o meio e com ele mesmo possibilita o movimento; que nessa faixa etária tão importante, ganha padrões medíocres e reduzidos. De acordo com os PCN de Educação Infantil (1998), o movimento é uma dimensão do desenvolvimento e da cultura. As crianças se movimentam desde o nascimento, faz parte da natureza humana expressar sentimentos, emoções e pensamentos através de gestos e posturas corporais. Por isso o "movimento humano constitui-se em uma linguagem que permite às crianças agirem sobre seu meio físico e atuarem sobre o ambiente humano". (p.15).
Através desse movimento a criança conhece uma forma de comunicação. Em contato com o meio e com os amigos, a criança recorre a temas e questões de seu interesse, além de aprender sobre o mundo e si mesma pela linguagem corporal por meio das explorações que faz. Segundo Tisi (2004) "O objetivo geral da educação pelo movimento é contribuir para o desenvolvimento psicomotor da criança, do qual dependem, ao mesmo tempo, a evolução de sua personalidade e o sucesso escolar" (p. 20). Através do movimento e da Educação Física especificamente voltada para a alfabetização e seu interesse, é possível adequar um aprendizado de leitura e escrita de forma lúdica e natural. De acordo com Garcia (1998):
Se os conteúdos selecionados para a alfabetização forem conteúdos extraídos da necessidade da criança conhecer-se e conhecer o mundo à sua volta, a forma, ou seja, o processo de trabalhar esses conteúdos, de possibilitar a apropriação da leitura e da escrita, conseqüentemente, não será o mesmo. A forma, nesse caso, deverá garantir as mais variadas vivências possíveis com a escrita, no seu uso e função social. (p. 91).
Com jogos, regras e brincadeiras que estimulem a cognição, além de tudo o que engloba os recursos motores para que a criança possa se ambientar nessa nova fase, a Educação Física pode e deve se orientar para atender as necessidades da alfabetização e minimizar os distanciamentos entre as crianças dotadas de diferentes habilidades. Em forma de aprendizagem lúdica é mais fácil para a criança aprender e erradicar sua deficiência e sua falha, possibilitando uma alfabetização mais tranqüila para a criança, segura para a escola e satisfeita para os pais.
As chamadas aprendizagens pré-primárias que envolvem ritmo, criatividade, desenhos, bem como pintar, classificar e reconhecer são desenvolvidos no hemisfério direito; já as aprendizagens primárias, desenvolvidas no hemisfério esquerdo, englobam a leitura, a escrita, a lógica, os números e a matemática. (FONSECA, 1995). Como o hemisfério direito se mieliniza primeiro que o esquerdo, é importante que essas atividades relacionadas sejam bem trabalhadas a fim de sedimentar uma posterior aprendizagem mais formal e complexa. A educação física tem muito a contribuir nesse aspecto, porque tem como promover atividades que aprimorem essas características citadas acima; trabalhando paralelamente essas ações, respeitando o progresso da constituição fisiológica da criança e auxiliando esse processo. O professor de educação física deve, através de atividades que desenvolvam noção de tempo, espaço e ritmo, estimular as crianças de maneira prazerosa e desafiadora, enfatizando a verbalização, memória, raciocínio e principalmente conferindo sentido a esse processo. Segundo Moyles (2002):
Os professores poderão oferecer atividades de linguagem e promover ainda mais o pensamento, ampliar o vocabulário, e talvez começar a conversar com as crianças sobre linguagem.[...] Isso vai incorporar o enriquecimento, a prática, a repetição e a revisão do que foi aprendido através da linguagem, com e sobre ela.(p.67).
Isso não se restringe tão somente a aprender a ler, escrever ou falar; refere-se verdadeiramente a valorização e uso da linguagem através de atividades lúdicas e direcionadas como uma forma de comunicação e construção de significado do que é aprendido. Facilitar a alfabetização minimizando os obstáculos a serem superados é o objetivo da Educação Física para essa classe. Com o desenvolvimento motor a criança alcança também a evolução de sua personalidade e o sucesso escolar.
Para Tisi (2004) "o trabalho psicomotor beneficia a criança no controle de sua motricidade utilizando, de maneira privilegiada, a base rítmica associada a um trabalho de controle tônico e de relaxamento" (p.26). Para dominar o lápis, gesto ainda não comum, a criança precisa desempenhar o equilíbrio entre as forças musculares, flexibilidade e agilidade de cada articulação do membro superior. Desde o ritmo desprendido para o movimento de escrita até a orientação espacial primária para o ato da cópia podem ser estimulados com o movimento motor. Também o progresso na transição à fase de representação mental, pois toda a ação vivida e analisada num espaço e tempo tende a ser reproduzida em espaço e tempos gráficos. Não se trata de aquisição de habilidades manuais, mas numa melhor aptidão para a aprendizagem, resultando em aprendizagens facilitadas e eficientes.

Análise dos resultados
Perguntamos para professores regentes e de educação física sobre a importância da educação física para a alfabetização e como esta pode contribuir para o processo de leitura e escrita. Todos afirmaram que é fundamental o auxílio da educação física para viabilizar sem traumas o processo de alfabetização, enfatizando o desenvolvimento motor que foi mencionado com destaque. Todos os professores reconheceram o desenvolvimento adquirido pelas crianças com a vivência da educação física e citaram a socialização, o desenvolvimento psicomotor global e fino, lateralidade, equilíbrio e a relação espaço temporal como fatores primários desenvolvidos e apresentados pelas crianças. A construção das relações matemáticas, afetivas, de espaço, de tempo e auto-conhecimento também foram aludidas pelos professores de educação física. Pelos professores regentes foi realçada a contribuição nos aspectos de atenção, organização e lateralidade, além da firmeza no grafismo, atenção e aquisição de limites.
Perguntamos ainda se há preocupação no direcionamento das aulas de Educação Física, no que diz respeito ao processo de alfabetização. Em duas escolas encontramos um perfeito entrosamento dos professores: o professor de educação física está totalmente inserido no programa de alfabetização. Para que esse trabalho seja realizado de forma harmônica, é promovido, pela escola, um tempo específico para essa integração entre os professores e conteúdos trabalhados. Essa mesma intenção é quase eficiente em outra instituição entrevistada, compondo parte da filosofia da escola; porém a mesma não facilita essa realização, não oferecendo tempo hábil. Nas demais escolas, essa integração se resume a problemas que porventura possam atrapalhar o desenvolvimento de crianças especificas; cabe, assim, aos professores de educação física, quando solicitados, atuarem de forma a minimizar o problema.
A educação física, na maioria das escolas selecionadas é reconhecida por sua importância, pois consegue desenvolver o aluno em todas as dimensões, num ambiente lúdico, favorável a novas aprendizagens e percepções. Com relação à contribuição da educação física no processo de alfabetização, os professores responderam que o desenvolvimento das crianças que experimentam esse trabalho em conjunto é realmente apreciável e que fica nítida a certeza de uma alfabetização completa, cooperando efetivamente para o sucesso desse processo. Esse ponto de vista é tão idealizado por todos, que até mesmo os demais professores que não tem essa prática em suas escolas, afirmam que esse trabalho seria benéfico e otimizaria a alfabetização.

Considerações finais
Conhecemos a importância da Educação Física desde parâmetro puramente físico, passando pelo terapêutico, até atingir o educacional. Em claras demonstrações, a educação física escolar se destaca para nós com singular importância para o crescimento do aluno enquanto cidadão. Vemos a alfabetização como uma abertura de mundo, leitura crítica e consciente; porém uma ruptura do "mundinho" infantil para um mundo que exigirá cada vez mais resultados. Para viabilizar essa transição de forma favorável e natural, a educação física é capaz de somar resultados positivos com um trabalho integrado e comprometido entre professores e escola preocupados em formar alunos completos e felizes.
De acordo com nosso objetivo de pesquisa, percebemos a partir dos professores entrevistados, uma totalidade de escolas conscientes do beneficio de uma educação para a vida, pautada no amplo conhecimento específico e de mundo. Igualmente a esse propósito, encontramos escolas cientes da grande contribuição que a Educação Física pode proporcionar para o desenvolvimento global da criança e para o processo de aquisição de conhecimento cognitivo e expansão global. Presenciamos a satisfação de escolas que filosofam e praticam uma pedagogia totalmente integrada, onde é difícil da criança perceber onde termina ou começa determinadas aulas. Presenciamos, portanto, a concretização de toda a teoria exposta nesse trabalho.
Sabemos que a aquisição da leitura e da escrita é meta em qualquer instituição, porém nesse trabalho nos preocupamos em saber de que forma isso é concretizado e como é exigido da criança esse crescimento: como puramente leitura e escrita ou como alfabetização de mundo?
Concluímos, portanto, que com um trabalho integrado da educação física com o processo de alfabetização, essa etapa pode ser vista de forma rica e ampla. Com essa contribuição, aprender a ler e escrever pode se tornar mais natural e mais divertido.

Referências bibliográficas
· BRASIL.Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Educação Física / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998.
· BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto. Volumes 1 e 2. Brasília: MEC / SEF, 1998.
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